segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Feudalismo 1º ano-médio

Foi um modo de produção no qual as relações sociais de produção estavam baseadas na servidão e o objetivo fundamental da produção era o valor de uso. Esse modo de produção predominou na Europa Ocidental, do século IX ao XI. Sofreu transformações, a partir do século XII, quando começou a ocorrer a desintegração lenta e gradual das relações servis de produção.

ANTECEDENTES
A partir do século III, começou a ocorrer no Império Romano um processo de ruralização e a diminuição da atividade comercial e do uso da moeda. Isso levou ao aumento do poder dos grandes proprietários de terra, os quais davam proteção às pessoas que vinham da cidade para o meio rural.
A ruralização foi resultado de uma multiplicidade de fatores:

»guerras contra os povos bárbaros;
» ataques dos árabes;
» desmembramento do Império Carolíngio, com o conseqüente fortalecimento dos senhores de terra e o enfraquecimento do poder real;
» invasões dos normandos e húngaros.

Nessas circunstâncias, os pequenos proprietários rurais cederam aos grandes as suas propriedades, acentuando a concentração fundiária.
As grandes propriedades formadas por esse processo deram origem aos feudos, na Europa medieval.

TERRA E PODER
No feudo se desenvolvia a vida econômica, social e política. A terra era a principal riqueza. A economia do feudo era de subsistência, isto é, se produzia tudo aquilo de que se necessitava. A circulação monetária era escassa e as trocas eram feitas, geralmente, de produtos in natura.

O feudo era constituído de:
» reserva senhorial ou domínio: as terras mais férteis cultivadas pelos camponeses, cuja posse era exclusiva do senhor feudal;
» terras dos servos: os lotes de terra explorados pelos camponeses, que tiravam uma pequena parte da produção para o seu sustento e de sua família e, o restante, entregavam ao senhor feudal;
» terras comuns: pastos, bosques e pântanos. Eram usadas pelos camponeses e pelo senhor. Os camponeses colhiam frutos, cortavam madeira para fabricação de móveis e de carvão.
As relações servis de produção eram predominantes. Baseavam-se nas obrigações compulsórias impostas pelo senhor aos servos, mantidas pela tradição e pelo costume. Não havia estímulo à renovação técnica, pois qualquer inovação dependia da aprovação da coletividade dos trabalhadores, o que não ocorria.
O ambiente feudal era hostil aos trabalhadores, os quais garantiam os privilégios da nobreza e do clero.

COTIDIANO E AMBIENTE MEDIEVAL
O dia-a-dia do homem medieval era regrado por uma sociedade estamental, isto é, fundamentada na origem e nas funções das pessoas, onde a mobilidade social era praticamente inexistente. Apresentava três estamentos: a nobreza, o clero e os camponeses.

As práticas sociais do poder
A nobreza se constituía no estamento dominante. Os nobres senhores feudais, tinham poder sobre as terras e as pessoas que nela viviam e trabalhavam. Apropriavam-se da produção servil, administravam a justiça, criavam e cobravam impostos, cunhavam moedas, faziam a guerra e a paz.
Havia guerras constantes entre os senhores feudais pela disputa de terras, o que gerava insegurança. Os nobres eram praticamente obrigados a buscar proteção nas relações pessoais. Por isso, criavam laços de dependência entre si, o que resultava em proteção e prestação de serviços. Essas eram as relações feudo-vassálicas ou vassalagem.
Outro estamento privilegiado era o do clero. Dividido em alto e baixo clero, dedicava-se à oração e à propagação da fé cristã. Justificava as relações feudo-vassálicas e as relações servis de produção, afirmando que havia uma natureza anterior ao homem, que definia sua posição na sociedade.
A Igreja também possuía o monopólio do saber e do conhecimento, já que conservou nas bibliotecas e arquivos dos mosteiros os documentos da cultura antiga.
Muitos reis e nobres doaram terras à Igreja, o que a tornou grande proprietária de terras. Dessa forma, membros do alto clero, bispos e abades tornaram-se senhores feudais e também se apropriavam do trabalho dos servos. A Igreja foi a única instituição que se manteve organizada no medievo.
A Igreja medieval condenava a ganância, a avareza, o egoísmo, a ânsia de acumular riquezas, combatendo a usura, ou seja, qualquer cobrança de juros. Por isso, os empréstimos a juro ficavam reservados aos não-cristãos, especialmente aos judeus.
A Igreja medieval estabeleceu, em 1183, a Inquisição, para combater as heresias populares que se multiplicavam no Ocidente.
A inquisição tinha a responsabilidade de prender, julgar e estabelecer punição para todos os que fossem considerados uma ameaça para a Igreja e a fé católica. Era comum a prática da violência e tortura, a fim de obter a confissão dos acusados.
Durante o Feudalismo, coube à Igreja Católica a manutenção da ordem, da justiça e a transmissão de conhecimentos, valores, hábitos e costumes que se constituíam nos princípios da civilização cristã ocidental.

O trabalho e os dias
Os camponeses formavam um estamento não privilegiado, responsável pela sobrevivência de toda a sociedade feudal. Dividiam-se em duas categorias: servos e vilões.
» Servos: trabalhavam a terra e estavam presos a ela, não podendo abandonar o feudo em que nasceram. Viviam em condições miseráveis, na aldeia próxima ao castelo do senhor. Habitavam choupanas, feitas de varas trançadas e barro, normalmente de apenas um cômodo. Vestiam-se e alimentavam-se mal.
» Vilões: trabalhadores livres, com obrigações definidas por um contrato de trabalho.
As obrigações servis, aplicadas tanto aos servos como aos vilões, consistiam em:
» cuidar da terra e da agricultura;
» corvéía: trabalho compulsório, nos domínios do senhor, por três dias da semana;
» talha: parte da produção devia ser entregue ao senhor, como forma de pagamento pelo uso da terra;
» capitação: tributo pago por membro da família. Recaía somente sobre o servo;
» censo: tributo pago somente pelo vilão, pelo uso da terra;
» banalidades: espécie de retribuição que os servos deviam ao senhor feudal;
» taxas de justiça: pagas pelos vilões e servos
»Mão Morta: após a morte do servo, a família era obrigada a pagar essa taxa ao senhor feudal.

As práticas políticas no tempo do feudalismo
Durante o feudalismo, o rei continuou existindo, só que não governava. Dessa forma, o suserano não tinha o poder político direto sobre o conjunto da população. Existia uma relação fundamental: a de suserania e a de vassalagem (aquele que doava o feudo era o suserano; aquele que o recebia era o vassalo). O rei, ou suserano, estava no topo, abaixo vinham: duque, marquês, conde, visconde e barão.
O poder político no período medieval tinha por princípio a justiça, a lei e o poder do representante local do rei. Por isso era descentralizado, local, pois cada senhor feudal possuía todos os poderes dentro do seu feudo e detinha os seguintes privilégios:
» posse da arrecadação dos tributos;
» aplicação da justiça, baseada no costume;
» formar milícias locais a fim de defender os domínios;
» cunhar moedas, impondo o valor.
O vassalo tinha determinados deveres, tais como:
» prestar serviço militar no exército do suserano;
» prestar ajuda financeira quando o suserano dele tivesse necessidade;
» prestar auxílio judiciário ao suserano;
» hospedar o suserano quando ele passasse por seu feudo.
» resgatar o suserano caso ele caísse prisioneiro
» contribuir com recursos para a armação de cavaleiro do primeiro filho do suserano.


ATIVIDADES
1. Assinale a questão correta.
a. No Império Romano, a partir do século III, ocorreu um processo de ruralização que resultou de:
(    ) invasões dos povos bárbaros.
(   ) ataques dos árabes.
(    ) desmembramento do Império Carolíngio, que enfraqueceu o poder real
(   ) invasões dos normandos e húngaros.
(    ) todas as questões estão corretas.




b. Guerras contra os povos bárbaros, os ataques dos árabes e as invasões normandas tiveram como conseqüência:
(  ) o desenvolvimento do comércio.
(  ) a fragmentação da grande propriedade rural.
(  ) a perda da terra pelos pequenos proprietários e a concentração fundiária.
(  ) a fuga do campo e o crescimento das cidades.
(  ) todas as questões estão corretas.
c. São características do sistema feudal de produção:
(  ) economia agrária e de subsistência.
(  ) sociedade dividida em ordens, sendo que cada uma desempenha uma função.
(  ) fragmentação do poder central.
(  ) transferência do poder do Estado para as mãos de particulares.
(  ) todas as questões estão corretas.

Complete.
a. O feudo era 
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b. A principal riqueza era
_______________________________________________________________________________________
c. O feudo se dividia em
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
d. A reserva senhorial eram as
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
e. A terra dos servos eram os
__________________________________________________________________________________________
f. As terras comuns era
___________________________________________________________________________________________

3.   Coloque V, se a afirmativa for verdadeira e F. se for falsa.
a. (   ) A sociedade feudal era estamental.
b. (   ) Na sociedade feudal havia mobilidade social.
c. (   ) A sociedade feudal era rural e agrária.
d. (   ) Na sociedade feudal, a função de guerrear era atribuída aos servos.
e. (   ) O feudo era uma concessão que um nobre fazia a outro.
f. (   ) Quem doava o feudo era o suserano.
g. (  ) Quem recebia o feudo era o servo.
h. ( ) O detentor de um feudo tinha o direito de administrar a justiça, cobrar impostos e recrutar soldados para guerra.

4.  A relação entre suseranos e vassalos implicava em direitos e deveres. Cite três obrigações do vassalo.
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5.   Escreva sobre a vida quotidiana do servo, comparando-a com a vida dos trabalhadores rurais na atualidade.
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Sociedades americanas: Maias, Astecas e Incas 2º Ano-Médio Paulo

1. Qual era o cenário populacional da América em 1492? Como a presença espanhola alterou esse cenário? A estimativa é de que viviam na América, à época da chegada de Colombo, cerca de 40 milhões de pessoas. Mais de 2 mil línguas eram faladas. Durante muitos séculos essas populações viveram isoladas das de outros continentes. Com a chegada dos europeus, em 1492, grandes sociedades, como a dos maias, a dos astecas e a dos incas, tiveram seus modos de vida alterados, seus costumes destruídos e a maioria de sua população exterminada.

2. Quando os primeiros grupos humanos abandonaram o nomadismo na América? E quando surgiram os primeiros centros urbanos? Calcula-se que na região da Mesoamérica, há 6 mil anos, grupos de caçadores e coletores abandonaram o nomadismo, tornando-se sedentários e passando a plantar milho, feijão, abóbora e outros produtos. Dentre as sociedades que tiveram um desenvolvimento econômico e cultural formando núcleos urbanos por volta de 4 mil anos atrás, estão os olmecas.

3. Comente as principais características da sociedade olmeca.
Localizada na região do México e da Costa Rica atuais, as atividades principais dos olmecas eram a pesca, a caça e a agricultura avançada. No topo da sociedade estavam os sacerdotes, que controlavam o poder, o saber e o excedente de produção e cobravam impostos. Os olmecas construíram barragens de pedra e canais, que facilitaram o aumento da produção e, portanto, da população. Mantinham forte comércio com povos distantes e fabricavam utensílios, ferramentas e vasilhas de barro.
Possuíam um sistema de escrita e de numeração e dois calendários, um religioso e outro civil. A religião tinha grande importância na sociedade olmeca e o deus mais cultuado era o Jaguar.

4. Quando a sociedade teotihuacana atingiu o apogeu? Que técnicas agrícolas os teotihuacanos dominavam? O apogeu da sociedade teotihuacana, desenvolvida em torno da cidade de Teotihuacán, no fértil Vale do México, ocorreu entre os anos 700 a. C e 600 de nossa era. O clima temperado facilitava a caça e a pesca. Atividades religiosas, políticas e econômicas tornaram a região a mais importante da Mesoamérica. Construções de barro, palha e troncos foram substituídas por tijolos de argila cobertos de pedra. Os teotihuacanos construíram pirâmides e templos. Na lavoura, desenvolveram a técnica de irrigação e o chinampas, plantio sobre varas flutuantes. Além disso, usavam queimadas na preparação da lavoura.

5. Descreva o quadro urbano da cidade de Teotihuacán, por volta do ano 600.
Por volta do ano 600 de nossa era, a cidade de Teotihuacán teve um crescimento demográfico extraordinário, tornando-se uma das maiores cidades do mundo, com cerca de 150 mil habitantes. O excessivo número de habitantes causou deterioração nas condições de vida. Muitas pessoas morreram por causa da insalubridade, contaminação da água, doenças, problemas de alimentação. A mortalidade infantil também era alta. Só a afluência de imigrantes evitou o fim da cidade.

6. Como estava organizada a sociedade maia? Qual era a base de sua economia? A sociedade maia estava dividida em centros políticos autônomos, formando um Estado teocrático, sendo o poder exercido em nome de um deus. A camada social mais alta era a da família real, depois a dos servidores do Estado e trabalhadores especializados. A última camada estava formada por agricultores e trabalhadores braçais. Sua economia estava quase totalmente concentrada na agricultura, com plantio de milho, cacau, algodão e outros produtos.

7. Discorra sobre os conhecimentos dos maias na área da matemática, da astronomia e da arquitetura, dando exemplos. Como era sua escrita?
As artes e as ciências tiveram um grande desenvolvimento entre os maias. Na matemática, utilizavam um sistema numérico vigesimal e desenvolveram o conceito de zero, executando complexas contas. Na astronomia, fizeram cálculos da duração do ano, da trajetória dos astros, das fases da Lua e de previsão de eclipses. Na arquitetura, as maiores construções eram as pirâmides, em homenagem aos deuses, com arco falso, colunas esculpidas e enfeitadas. A escrita maia, baseada em representações de objetos e idéias, é ainda hoje indecifrável.



1. Explique como se formou o Império Asteca.
O Império Asteca formou-se na região anteriormente ocupada pelos olmecas e pelos maias. Os astecas chegaram por volta de 1345, vindos de Aztlán, cumprindo um presságio divino. Construíram a cidade de Tenochtitlán e em menos de dois séculos formaram um império com mais de 500 cidades e 15 milhões de habitantes. Uma aliança de três cidades, das quais Tenochtitlán era a mais importante, garantia a unidade; os impostos eram divididos entre as três.



2. O que cultivavam os astecas? Que tipo de bebida e alimentos consumiam?
Além da caça e da pesca, os astecas dedicaram-se à agricultura. A terra era dos nobres e o trabalho era feito por escravos ou por pessoas livres que a tomavam emprestada. De forma rudimentar, cultivavam milho, feijão, cacau, tomate, abóbora, tabaco. Do cacau extraíam uma bebida forte, o xocoalt, que deu origem ao chocolate. Também consumiam coelho, cachorro, peru, tartaruga.



3. Como estava organizado o comércio? Qual era a moeda utilizada?
Os astecas tinham um intenso comércio. Nos mercados, de modo especial no de Tlatelolco, comprava-se e vendia-se de tudo, alimentos, animais, utensílios e escravos. Eram muito bem organizados e com leis severas para manter a qualidade, a higiene e a segurança. Não existia dinheiro. A moeda mais usada era a semente de cacau, símbolo de riqueza e de poder.













4. Descreva a organização social dos astecas.
Povo guerreiro e conquistador, os astecas eram dirigidos por militares, divididos em três categorias. O rei comandava o exército, ajudado por um chefe de governo. A camada mais alta da sociedade era formada por nobres, militares e sacerdotes. Na segunda camada estavam os comerciantes e artesãos. A camada mais baixa era a dos escravos e camponeses. Um dos modos de ascensão social era demonstrar bravura na guerra.




5. Quais eram as principais características da religião asteca?
Os astecas adoravam vários deuses, entre eles o deus Sol do meio-dia (Colibri Azul), o deus da noite, da sabedoria, da chuva. Construíram templos, alguns dos quais eram reconstruídos a cada 52 anos; ofereciam sacrifícios humanos; conservavam ritos dos povos subjugados. Tinham crença na luta do bem e do mal, da luz contra as trevas.


6. Comente os conhecimentos dos astecas na área de medicina, construção, astrologia e artes.
Na medicina, os curandeiros astecas praticavam a cura. Recebiam dos sacerdotes os conhecimentos sobre remédios vegetais. Os espanhóis consideraram eficientes














1. Onde e como se desenvolveu o Império Inca?
O Império Inca desenvolveu-se na América do Sul na cordilheira dos Andes. De acordo com a lenda, foi no século XII que os incas se estabeleceram em Cuzco. A partir do século XV expandiram-se pelo planalto andino e pelas planícies da costa do Pacífico. O Império Inca consolidou-se no tempo do imperador Pachacuti Yupanqui, entre 1438 e 1471, que submeteu outros povos.



2. Faça um quadro comparando a hierarquia social inca à dos astecas e dos maias.
Para os incas, todo o poder estava concentrado na pessoa do imperador. Este era também guardião dos bens e da terra. Para os astecas, o rei, ajudado pelo chefe de governo, era quem detinha o poder. Entre os maias, o poder concentrava-se na família real. Na camada mais alta da sociedade inca estavam os nobres, chefes, juízes e sacerdotes. Para os astecas, eram os nobres, os militares e os sacerdotes que compunham a classe alta. Para os maias, a camada mais alta era formada pela família real, pelos funcionários mais importantes do governo e pelos comerciantes. Na última camada da sociedade inca estavam os agricultores; na dos astecas, os escravos e camponeses; e na dos maias, os agricultores e os trabalhadores braçais.



3. Como era a posse da terra entre os incas?
A terra entre os incas estava dividida em três partes: uma para os sacerdotes, outra para a família real e outra, ainda, para a população, da qual cada família recebia uma parte para seu sustento.











4. Quais oram os principais deuses incas? E qual era a função das oferendas?
Os principais deuses incas eram associados à natureza: o Sol (Inti), a Lua, a chuva, o raio. Viracocha, pai de Inti, era o deus supremo. Os deuses eram cultuados em todo o Império Inca, inclusive pelos povos subjugados. Mas havia outros deuses cultuados em determinadas regiões. As oferendas, inclusive sacrifícios humanos, eram consideradas uma retribuição a favores recebidos.

5. O que era o ayllu e de que forma ele concorreu para o desenvolvimento do Império Inca?
O ayllu era o grupo familiar formado por grande número de pessoas, unidas por vínculos sangüíneo, totêmico, territorial, econômico e outros. A comunidade assim formada era governada pelo membro mais idoso, o curaca. Trabalhavam as terras do Sol, do Inca e da população. Eram responsáveis pelo serviço militar e pelos armazéns de roupas e de alimentos.

6. Como os incas organizavam a agricultura e que técnicas usavam para garantir boa produtividade?
A agricultura era a base da economia e toda a população tinha acesso à terra. O trabalho era coletivo e se aproveitava cada pedaço de terra cultivável. Os incas usavam o sistema de terraços nas encostas, a irrigação e a adubação animal. Cultivavam batata, coca, feijão, milho, pimenta, frutas. O excesso da produção era estocado. Alguns animais, como as lhamas, eram usados para o transporte e para o fornecimento de carne.

7. Como funcionava o sistema de transporte e comunicação dos incas?
Os incas desconheciam a roda, mas tinham ótimas estradas, com degraus, pontes e túneis. Postos de correio transmitiam com rapidez as notícias pelo Império, em sistema de revezamento de mensageiros. Balsas eram utilizadas para atravessar rios e lagos. Não dominavam a escrita, passando sua história por tradição oral. Usavam o sistema decimal.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

9. Expansão territorial prof. Paulo Oliveira 5ª série


As terras americanas que pertenciam a Portugal pelo Tratado de Tordesilhas correspondiam aproximadamente a um terço do Brasil atual. Os portugueses ocupavam apenas alguns pontos do litoral. A formação dos primeiros núcleos de povoamento deu-se graças à implantação da economia canavieira e à defesa do território contra os ataques estrangeiros.
A expansão da pecuária, a exploração das drogas do sertão, as missões jesuíticas e as bandeiras foram fatores que impulsionaram a colonização portuguesa para o interior, ultrapassando os limites de Tordesilhas.
A expansão da pecuária promoveu a ocupação do interior do Nordeste. Martim Afonso trouxe as primeiras cabeças de gado para a região de São Vicente, e Tome de Sousa, primeiro governador-geral, introduziu rebanhos no Nordeste. O gado foi criado inicialmente próximo à região canavieira da Bahia e de Pernambuco.
Com o crescimento dos rebanhos, novas áreas iam sendo alcançadas. Da Bahia, o gado atingiu o interior, até o vale do Rio São Francisco. Seguindo o curso do rio, chegou às regiões que correspondem aos atuais estados do Piauí, do Maranhão e do Ceará.
A pecuária pernambucana estendeu-se por grande parte do território dos atuais estados da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará.

1. Sublinhe as frases corretas.
a) A implantação da economia canavieira levou Portugal a formar núcleos de povoamento no Brasil.
b) No século XVI, 06 portugueses ocupavam alguns pontos do interior.
c) Pelo tratado de Tordesilhas. O território do Brasil, no século XVI, era igual ao de hoje.
d) Outro fator que levou à formação de núcleos de povoamento foi a necessidade de defesa contra ataques estrangeiros.

2. Que fatores levaram Portugal a romper os limites do Tratado de Tordesilhas?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. ___________________  trouxe as primeiras cabeças de gado para a região de _________________ , e _____________, primeiro governador-geral introduziu rebanhos no __________________________

4. Nas regiões ocupadas pelo gado, foram surgindo povoados, com pequenas lavouras, que serviam para o abastecimento dos vaqueiros. Assim ocorreu a ocupação dos atuais estados da ______________, _________________, __________, _________,e __________, _______________










Os colonos portugueses e as missões jesuíticas ocuparam grande parte da região amazônica, incorporando aos domínios de Portugal uma vasta área que, pelo Tratado de Tordesilhas, pertencia à Espanha. Os colonos dedicaram-se à exploração das chamadas drogas do sertão, que eram produtos naturais colhidos na floresta (cacau, anil-bravo, cravo, baunilha, castanha-do-pará, ervas medicinais e aromáticas). Também fizeram o apresamento de indígenas, usados na extração dos produtos ou vendidos para o Maranhão, onde havia se instalado a agroindústria do açúcar.
As missões religiosas eram aldeamentos indígenas chefiados pelos padres jesuítas. Nelas os nativos recebiam formação religiosa cristã e aprendiam a trabalhar de acordo com a disciplina dos brancos. A região que corresponde ao Rio Grande do Sul pertencia à Espanha, mas Portugal foi ocupando-a com a criação de gado, as missões jesuíticas e a fundação de uma colônia, que recebeu o nome de Colônia
do Sacramento.
No desbravamento do interior do Brasil também se destacaram as bandeiras. A maioria delas partiu da capitania de São Vicente, mais particularmente da cidade de São Paulo. Essas expedições armadas tiveram como objetivo inicial o apresamento de indígenas para o escravismo e, posteriormente, dedicaram-se à procura do ouro. Partindo em várias direções, as bandeiras chegaram ao Sul, ao Norte e ao Centro-Oeste do Brasil.

5. O que foram as drogas do sertão?
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6.  O que eram as missões jesuíticas?
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A OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA
Depois da expulsão dos franceses do Maranhão em 1615, foi enviada, em 1616, uma expedição à região amazônica, comandada por Francisco Caldeira Castelo Branco. Ele fundou, na foz do rio Amazonas, o Forte do Presépio, que deu origem à atual cidade de Belém, no Pará.
Em 1637, uma expedição comandada por Pedro Teixeira subiu o rio Amazonas, atingindo a cidade de Quito, no atual Equador. Mais tarde, foi construído o Forte de São José da Barra do rio Negro, que deu origem a Manaus, atual capital do estado do Amazonas.
Para melhor ocupar a região, o Brasil foi dividido administrativamente em dois Estados: Estado do Maranhão
e Estado do Brasil. 0 Estado do Maranhão, com capital em São Luís, incluía as capitanias do Ceará, do Maranhão e do Grão-Pará. No século XVIII, esse Estado passou a ser denominado Estado do Maranhão e do Grão-Pará, e a capital foi transferida para a cidade de Belém. A reunificação administrativa do Brasil só ocorreu em 1763, no governo do Marquês de Pombal, em Portugal. Colonos e jesuítas ocuparam a Amazônia.
Os colonos tinham como objetivos a exploração das drogas do sertão e o apresamento de índios. A mão - de- obra escrava indígena era utilizada na extração das drogas e também vendida para a agroindústria açucareira do Maranhão.
Os jesuítas organizaram missões, nas quais os indígenas recebiam formação religiosa cristã. Eram eles que construíam as casas, a igreja, os depósitos e trabalhavam na lavoura, em
que eram cultivados produtos para a sobrevivência dos moradores da missão.

7. A ocupação da Amazônia ocorreu a partir do século XVII, com a ação dos colonos, que exploravam as ___________ e caçavam _____________, e com a organização de missões religiosas, pelos _____________

8.   As primeiras cidades que surgiram na região amazônica foram _____________, hoje capital do ___________ e ____________, atual capital do Estado do ___________
9. O que fez o governo português para melhor administrar a Região Norte?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10. Marque F para falso e V para verdadeiro:

a) Os jesuítas e os colonos usaram a mão-de-obra indígena nas lavouras que introduziram na região amazônica. (  )
b) O Brasil permaneceu dividido em dois Estados até o século XVIII, quando o Marquês de Pombal, regente de Portugal, determinou a reunificação. (  )
c) A economia da região amazônica, no período colonial, baseou-se principalmente na exploração das drogas do sertão. (   )
d) Os jesuítas foram os que mais incentivaram a escravização dos indígenas na região amazônica. (  )

A EXPANSÃO BANDEIRANTE
As bandeiras foram expedições geralmente organizadas por particulares, que penetraram o interior e não respeitaram o limite de Tordesilhas. A maioria partiu da capitania de São Vicente, mais particularmente da vila de São Paulo.
Na segunda metade do século XVI, enquanto a economia canavieira prosperava no Nordeste, em São Vicente ela entrou em decadência, pois as condições naturais não eram favoráveis ao cultivo da cana-de- açúcar.
Os colonos vicentinos passaram a se dedicar a uma economia de subsistência. Plantavam trigo, milho, mandioca, algodão e frutas e fabricavam tecidos grosseiros.
Não tinham condições de comprar escravos negros e, por isso.
utilizavam a mão-de-obra do escravo indígena. Muitos paulistas passaram então a se dedicar à captura dos nativos. Começava a primeira fase das bandeiras.

11.  O que foram as bandeiras?
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12.   De onde partiu a maioria das bandeiras?
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13. O cultivo de cana-de-açúcar gerou resultados na região de São Vicente? Por quê?
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14. O que os colonos vicentinos plantavam para sobreviver? Quem trabalhava nas lavouras?
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15. Como surgiram as bandeiras?
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BANDEIRAS DE CAÇA AO ÍNDIO
O objetivo inicial dessas bandeiras era apresar indígenas e utilizá-los como mão-de-obra na própria capitania. Mas, no século XVII, o comércio de mão-de-obra tornou-se um negócio lucrativo para os bandeirantes.
No período do domínio espanhol, os holandeses dominaram os centros africanos que forneciam escravos.
No Brasil, o preço dos escravos negros subiu, e muitos fazendeiros queriam comprar indígenas, porque eram mais baratos. Por isso, os bandeirantes começaram a atacar as missões jesuíticas, nas quais os indígenas ofereciam menor
resistência, eram mais disciplinados e mais bem adaptados à agricultura.
• Manuel Preto investiu contra as missões de Guairá, no Paraná, aprisionou os indígenas missionados e transformou-os em escravos.
• Antônio Raposo Tavares destruiu as missões de Itatim, em Mato Grosso, e Tape, no Rio Grande do Sul. Os jesuítas abandonaram a área de Tape, e o gado que criavam ficou solto.
• Fernão Dias Pais Leme atacou missões no Uruguai.

As bandeiras de apresamento declinaram quando os portugueses, livres do domínio espanhol, conseguiram retomar os centros africanos e regularizar o tráfico de escravos negros.

16.   O que foram as bandeiras de caça ao índio?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
17.   Quando   o   Brasil   foi invadido pelos __________ , o preço do escravo negro subiu. Foi nessa época que as bandeiras ______________ passaram a fornecer
escravos ____________  para o Nordeste açucareiro. Mas esse comércio declinou orando os portugueses conseguiram regularizar o tráfico de ________________

18. Por que os bandeirantes atacavam missões jesuíticas? Em quais regiões do Brasil mais se observou esse fato?
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19. Cite dois bandeirantes que se destacaram como caçadores de índios.
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SERTANISMO DE CONTRATO

Devido ao conhecimento que tinham do interior, na segunda metade do século XVII, alguns bandeirantes foram contratados por pecuaristas e senhores de engenho para o combate de indígenas rebelados e de quilombos. Domingos Jorge Velho é o representante mais conhecido desse período, responsável pela destruição do Quilombo dos Palmares, em Alagoas.
À procura do ouro e das pedras preciosas, apoiados pelo governo português, os bandeirantes organizaram várias expedições, com a finalidade de localizar no interior do Brasil as jazidas de metais e pedras preciosas.

• Fernão Dias Pais Leme seguiu o Vale do Paraíba em direção ao interior de Minas, à procura de esmeraldas. Morreu sem encontrá-las.
• Garcia Rodrigues Pais, filho de Fernão Dias, encontrou ouro em Minas Gerais.
• Pascoal Moreira Cabral encontrou ouro em Cuiabá.
• Bartolomeu Bueno da Silva descobriu ouro em Goiás.


AS MONÇÕES
As monções foram um tipo de bandeira que surgiu no século XVIII, já no final do bandeirismo. Avançavam para o interior utilizando os rios. Eram dirigidas para o oeste de São Paulo, descendo o rio Tietê, de Porto Feliz à foz. Daí seguiam pelo rio Paraná, avançando por terras de Mato Grosso e Goiás.
20. Além das bandeiras de caça ao índio, existiram outras, como as de _____________, em que os bandeirantes eram contratados para combater índios rebelados e quilombos, e as bandeiras que buscavam encontrar ____________________. As bandeiras que avançavam para o interior utilizando os rios
eram chamadas de ______________________.


A OCUPAÇÃO DO SUL
A ocupação do Sul foi marcada por constantes conflitos entre portugueses e espanhóis. Durante o período da União Ibérica, o comércio e o contrabando na região do Rio da Prata tornaram-se intensos.

AS MISSÕES JESUÍTICAS
No século XVII, às margens do Rio Uruguai, jesuítas espanhóis organizaram missões e introduziram a criação de gado.
Em busca de mão-de-obra indígena, muitas dessas missões foram atacadas e destruídas por bandeirantes paulistas. 0 gado ficou solto e espalhou-se por grande parte do território do atual estado do Rio Grande do Sul. Em 1687, os jesuítas retornaram, fundaram os Sete Povos das Missões (São Borja, São Nicolau, São Miguel, São Luís Gonzaga, São Lourenço,
São João Batista e Santo Ângelo) e levaram parte do gado solto para criar.

22. A ocupação do Sul do Brasil foi pacífica? Justifique sua resposta.
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23. A região das missões chamada de Sete Povos das Missões viveu principalmente da criação de gado. Explique como os jesuítas conseguiram as cabeças de gado para criar.
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PORTUGAL FUNDA POVOAMENTOS
Interessado em ocupar territórios e restabelecer o comércio na região do Prata, Portugal, em 1680, fundou, em frente a Buenos Aires, um povoado que recebeu o nome de Colônia do Sacramento. Os espanhóis, descontentes com uma colônia portuguesa em seu território, atacavam-na com freqüência.
Em 1737, Portugal ordenou a criação de uma nova cidade no Sul, Rio Grande de São Pedro, e mandou colonos portugueses, principalmente da Ilha dos Açores, para ocupá-la. Em 1742, 60 casais açorianos organizaram um novo povoado, que ganhou o nome de Porto dos Casais (atual cidade de Porto Alegre). Os colonos açorianos introduziram a cultura do trigo e da uva na região.







A OCUPAÇÃO PELA PECUÁRIA
No século XVIII, efetivou-se a ocupação do Sul pela pecuária. 0 gado que vivia solto atraiu colonos, que começaram a criação. Com o tempo, formaram-se latifúndios pecuaristas denominados estâncias. 0 principal negócio era o comércio de couro. Mais tarde, desenvolveu-se uma forte produção de charque (carne seca e salgada), com mão-de-obra do escravo negro. Esse charque era exportado principalmente para o Nordeste brasileiro.


QUESTÃO DE FRONTEIRAS
Os luso-brasileiros acabaram ocupando regiões que pelo Tratado de Tordesilhas pertenciam à Espanha. A questão diplomática surgida desse fato provocou a elaboração de vários tratados de limites entre os países ibéricos, tais como Tratado de Utrecht (1715), Tratado de Madri (1750),
Tratado de El Pardo (1761), Tratado de Santo Ildefonso (1777) e Tratado de Badajoz (1801).

24. Portugal se preocupou em fundar povoamentos no Sul porque desejava ocupar ______________ e restabelecer o ____________ na região do Rio da ______________.
Foi nessa época que surgiram os povoados: __________________________________________________

25. O que eram estâncias? Qual foi o principal negócio desenvolvido no século XVIII no Sul?
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26. O fato de luso-brasileiros terem ocupado regiões que pelo ___________ pertenciam à ____________ gerou muitos conflitos entre os países _______________. Por isso, foram elaborados diversos tratados de limites entre eles, dos quais podemos citar:
Tratado ____________ e
Tratado ____________.